terça-feira, 21 de novembro de 2017

O Holocausto. Por Rita Lírio, 8º A


"Como já vimos, o Holocausto é o assassinato em massa de cerca de 6 milhões de Judeus durante a segunda guerra mundial, comandado por Hitler. Mas, afinal, não foram só os Judeus que sofreram, muitos soldados americanos sofreram tanto ou mais que os Judeus. A maior parte das pessoas pensa nos americanos como libertadores, mas ninguém pensa neles como vítimas do Holocausto. Até mesmo as crianças foram levadas e aprisionadas, mesmo essas que nunca iriam perceber o que se estava a passar!
Quando Hitler invadiu Hungria, quando os nazistas húngaros estavam no poder, garantiu-se às famílias que o trabalho e a comida eram bons, mas era tudo uma mentira. Todos os que embarcavam no comboio eram inocentes e não faziam ideia do que os esperava! Eles ainda acreditavam que iam para Alemanha trabalhar, só depois descobriram que estavam a caminho da Polónia, mais propriamente, um dos campos de concentração mais secretos de Hitler. Todos os bens foram retirados às famílias. Durante a viagem, alguns dos mais idosos já estavam a morrer e outros simplesmente enlouqueciam. Depois disso, os prisioneiros tinham a seguinte orientação: vida ou morte, mais propriamente, direita ou esquerda, respetivamente, se fossem pela direita, iam fazer trabalho escravo, se fossem pela esquerda iam para a câmara de gás! Ninguém sabia o que o esperava, provavelmente eles achavam que qualquer um dos lados seria igual, mas não, se alguém soubesse que um dos lados significava morte entrava em desespero para saber em qual fila iria ficar, pelo menos se fosse eu era assim, enfim.
As pessoas que foram para a direita, ou seja, vida, foram trabalhar para minas quentes, com o ar abafado, para retirar das rochas todas as preciosidades que lá encontrassem.
Durante o tempo em que estavam dentro das minas, não podiam comer nem beber, e eles entravam lá de manhã e saíam a noite, aquilo devia ser um calor desgraçado! Ainda por cima sem poder beber um único golo de água. Eu imagino um ambiente assustador, o chão coberto de pessoas mortas, estar a respirar o suor de quem conseguia sobreviver e o cheiro horrível das pessoas que iam morrendo, é repugnante só de pensar. Os prisioneiros tiveram de abandonar o campo de concentração de Berga, devido às forças aliadas que se aproximavam. Todos eles caminhavam muito, andavam mais de 25 quilómetros por dia. Se para uma pessoa com saúde caminhar tanto já era muito cansativo, então imagino os prisioneiros, devia ser pedir para morrer, andar tanto com tão pouca saúde não devia ser tarefa fácil, sobretudo porque estavam magríssimos, cheios de fome e cheios de sede. Para os que estavam pior ainda se fazia uma distinção entre judeus e soldados americanos. Se fossem judeus e estivessem a atrasar o grupo, levavam logo um tiro, se fossem soldados americanos ainda tinham a possibilidade de ir num carrinho puxado por outros americanos. Nesses carrinhos podiam ir até 10 pessoas com conforto, mas iam lá 30 a 40 pessoas amontoadas. Não sei se seria pior levar um tiro ou ir na parte de baixo do carrinho a sufocar! Mais uma vez, imagino um clima horrível, ir a caminhar, olhar para o lado e só ver pessoas mortas todas empilhadas na berma da estrada!
Já tinham feito mais de duzentos quilómetros quando viram tanques com uma estrela… eram as forças aliadas, estavam salvos... Tinham sido muitas semanas de tortura, mas finalmente tinha acabado.
Todos os sobreviventes são guerreiros, e mesmo os que não sobreviveram também o são! Não consigo imaginar o quão mau será ter passado por aquilo. Os que sobreviveram devem ter ficado com memórias e imagens horríveis na cabeça. No fim disto tudo, eles sabem que vão para o céu, porque já viveram no inferno.
Para concluir, resta-me dizer que não importa se são Judeus, cristãos, islamitas, hinduístas, budistas ou pessoas de qualquer outra religião, não deveria existir a palavra Holocausto no nosso dicionário, o que significaria que não teria acontecido essa tão grande tragédia. Também não importa a cor, a língua, não importam os costumes, os gostos, não importa a forma dos olhos ou a cor do cabelo, não importa se é gordo ou magro, se é alto ou baixo, se é rico ou pobre, não importa de que desporto gosta, não importa se vai muitas vezes a festas, nada disso importa!! Mas a nós, os humanos, qualquer coisa nos serve para magoar alguém, a única coisa que eu sei é que o preconceito vai ter de acabar, eu não gostava se fosse comigo, e vocês também não gostavam se fosse convosco. Não importa nada, porque todos nós somos diferentes e todos nós somos iguais!"
Rita Lírio – 8ºA

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